Morador denuncia abandono de Catarina Mendes e cobra melhorias na zona rural de Ouro Preto j2uz


Dificuldades de o, falta de serviços públicos e insegurança foram temas levados à Câmara por representante da comunidade 4d2n6z

22/05/2025 às 08h26

Por: Hynara Versiani 534g23

 

Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Ouro Preto realizada na terça-feira (20), o morador Geraldo Coelho utilizou a Tribuna Livre para denunciar a situação de abandono vivida pelos residentes da comunidade rural de Catarina Mendes. Em sua fala, ele destacou que os problemas enfrentados há mais de uma década permanecem sem solução, com impacto direto no cotidiano da população local.

 

“O maior obstáculo que enfrentamos é o o. Quando chove, ficamos isolados, sem condições de sair ou voltar para casa”, relatou. De acordo com Coelho, a precariedade das estradas compromete o direito de ir e vir, refletindo negativamente em áreas essenciais como saúde, educação, trabalho e segurança.

 

Durante a apresentação, ele enumerou trechos críticos da região, como a travessia da Serra do Boqueirão, a estrada pelo Alto dos Cardosos, o fim abrupto do asfalto no Sítio dos Pinheiros e a falta de saída viável por Granjeiras. Ele afirmou que os moradores já enviaram ofícios cobrando soluções, mas não receberam resposta nem previsão de obras.

 

“Não se trata apenas da estrada em si, mas do que ela nos nega. Sem estrada, não temos o aos serviços básicos. Já perdi compromissos por conta do barro, e há famílias que precisaram sair de Catarina Mendes para que os filhos pudessem estudar com regularidade”, lamentou.

 

Coelho também denunciou a ausência de transporte público e cobertura de telefonia móvel na região, além de mencionar episódios recentes de violência, como ameaças cometidas por motociclistas. “Só fazem alguma melhoria quando tem festa. Depois, o abandono volta a ser a regra”, criticou.

 

A manifestação repercutiu entre os vereadores. Alessandro Sandrinho reconheceu que a situação é semelhante em outras áreas da zona rural e propôs a criação de um calendário fixo para manutenção das estradas. “Não podemos manter o modelo de fazer obra só para agradar visitante. A população precisa de estrutura o ano todo. Defendo ao menos duas manutenções anuais nas rotas mais problemáticas”, argumentou.

 

A vereadora Lilian França chamou atenção para os impactos da falta de infraestrutura sobre as mulheres da comunidade. “Num contexto de aumento da violência, especialmente contra mulheres, garantir o é garantir proteção. Situações emergenciais exigem vias transitáveis”, pontuou.

 

Luiz Gonzaga do Morro afirmou que o tema já foi alvo de indicações legislativas desde o início de seu mandato. “A situação é antiga. Só faltam dois quilômetros para concluir a primeira etapa do asfalto. O secretário Franklin esteve no local, conversou com dezenas de moradores e se comprometeu a finalizar o trecho ainda este ano. Vamos acompanhar”, disse. Ele também reforçou a crítica ao caráter pontual das intervenções: “Obra não pode ser sazonal, precisa ser parte de uma política permanente”.

 

Ao fim da reunião, os demais parlamentares também se manifestaram em apoio às reivindicações e garantiram que as demandas serão formalmente encaminhadas à Prefeitura. A expectativa é de que ações emergenciais sejam tomadas, com planejamento que contemple soluções estruturais para a zona rural de Ouro Preto.


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